domingo, 31 de maio de 2020

Também existe futebol apoiado na Segunda liga

De Renato Sousa



Depois de uma excelente época no CD Mafra na Liga Pro, Vasco Seabra volta agora aos 36 anos a abrir portas na Primeira Liga.
A equipa de Vasco tinha como o ataque posicional o momento do jogo mais forte. Na primeira fase de construção, os dois laterais dão profundidade simultaneamente e é um dos Médio Centro que baixa no corredor lateral para dar linha de passe e ligar com o setor médio em condução, quando têm espaço. Quando tem menos espaço, através de um passe vertical á procura do apoio frontal do Médio Ala do lado da bola ou do Médio Ofensivo, sempre com a intenção de atrair a pressão para o corredor da bola para conseguir explorar o corredor contrário.

Na segunda fase de criação, os dois Médios Alas mantêm-se por dentro e a largura é dada pelos Defesas Laterais. Os dois Médios Centros estão preferencialmente atrás da linha da bola para preparar uma eventual perda e também ajudar nessa circulação, que tem com objetivo atrair a equipa adversaria para os corredores laterais para atacar e criar perigo pelo corredor central. O Médio Ofensivo (Zé Tiago) também é uma peça essencial neste momento, tendo muita liberdade de movimentos procurando ser linha de passe entre-linhas. Quando a bola chega ao corredor lateral em situação de cruzamento colocam muita gente em zonas de finalização.    

De Renato Sousa



  


segunda-feira, 4 de maio de 2020

O Marselha de André Villas-Boas

De Renato Sousa



Até a Paragem forçada do campeonato, a equipa de André Villas-Boas era a equipa surpresa da Ligue 1 conseguindo um importante 2º lugar, tendo como principal jogador Dimitri Payet que fazia até ao momento uma das melhores épocas da carreira, com 27 jogos, 12 golos marcados e 5 assistências.

Defensivamente, procuram condicionar o pontapé de baliza do adversário com 3 Homens, o AV um MC e um dos médios alas.
Adotam um bloco médio/alto em que têm o passe do D. central para o D. lateral como principal estímulo de pressão, procurando cortar todas as linhas de passe próximas. No entanto, para controlar a profundidade baixam a linha defensiva, oferecendo algum espaço entre-linhas.
No momento da transição defensiva procuram ser rápidos e agressivos para tentar ganhar a bola o mais rápido possível.



Ofensivamente, na primeira fase de construção procuram quando possível sair curto mas correndo poucos riscos. Valentin Rongier é o principal responsável por ligar a 1ª fase de construção com a 2ª de criação da equipa. Quando pressionados não hesitam em sair mais longo, procurando o passe longo para as referências MD e ME com movimentos de aproximação do AV, MC e do lateral para atacar a segunda bola. São uma equipa versátil a atacar, que procura mais vezes o ataque posicional, mas também forte no ataque rápido. Isto porque momento da transição ofensiva tira facilmente a bola da zona de pressão e consegue colocar muita gente nas zonas de finalização. O equilíbrio defensivo é dado pelo lateral do corredor contrário à bola que esta por dentro, para preparar uma eventual perda e libertar o corredor lateral para o MD ou ME.