terça-feira, 24 de novembro de 2020

Mourinho é lider

De Renato Sousa

  

Este sábado jogou-se mais um clássico inglês, onde Mourinho voltou a sair-se melhor. Apesar da pouca percentagem de posse de bola não permitiu que o city cria-se grandes situações de finalização, e ofensivamente apesar de não lhe ser dado o devido destaque foi inteligente e competente na forma como atacou.

A estrategia que o Tottenham apresentou passou por defensivamente conseguir gerir o jogo num bloco médio/baixo com o intuito de criar perigo aproveitando o espaço deixado pela equipa do city entre-linhas média e defensiva e também nas costas da linha defensiva, com duas dinâmicas criadas diversas vezes durante o jogo que acabaram a resultar nos dois golos da equipa. Quando em organização ofensiva H.Kane baixa numa desmarcação em apoio no corredor central, possibilitando a desmarcação de rotura nas costas da linha defensiva do Son, partindo do lado direito para dentro. E quando em transição ofensiva com a mesma desmarcação em apoio do H.Kane mas recebendo a bola entre-linhas, permitindo assim o ataque a profundidade dos médios alas e um dos médios centros. 




terça-feira, 21 de julho de 2020

Um Nacional de primeira

De Renato Sousa


O jovem treinador de 34 anos Luís Freire prepara-se agora para a sua primeira experiência na 1ª Liga depois de uma excelente época no Nacional onde se sagrou campeão.


domingo, 31 de maio de 2020

Também existe futebol apoiado na Segunda liga

De Renato Sousa



Depois de uma excelente época no CD Mafra na Liga Pro, Vasco Seabra volta agora aos 36 anos a abrir portas na Primeira Liga.
A equipa de Vasco tinha como o ataque posicional o momento do jogo mais forte. Na primeira fase de construção, os dois laterais dão profundidade simultaneamente e é um dos Médio Centro que baixa no corredor lateral para dar linha de passe e ligar com o setor médio em condução, quando têm espaço. Quando tem menos espaço, através de um passe vertical á procura do apoio frontal do Médio Ala do lado da bola ou do Médio Ofensivo, sempre com a intenção de atrair a pressão para o corredor da bola para conseguir explorar o corredor contrário.

Na segunda fase de criação, os dois Médios Alas mantêm-se por dentro e a largura é dada pelos Defesas Laterais. Os dois Médios Centros estão preferencialmente atrás da linha da bola para preparar uma eventual perda e também ajudar nessa circulação, que tem com objetivo atrair a equipa adversaria para os corredores laterais para atacar e criar perigo pelo corredor central. O Médio Ofensivo (Zé Tiago) também é uma peça essencial neste momento, tendo muita liberdade de movimentos procurando ser linha de passe entre-linhas. Quando a bola chega ao corredor lateral em situação de cruzamento colocam muita gente em zonas de finalização.    

De Renato Sousa



  


segunda-feira, 4 de maio de 2020

O Marselha de André Villas-Boas

De Renato Sousa



Até a Paragem forçada do campeonato, a equipa de André Villas-Boas era a equipa surpresa da Ligue 1 conseguindo um importante 2º lugar, tendo como principal jogador Dimitri Payet que fazia até ao momento uma das melhores épocas da carreira, com 27 jogos, 12 golos marcados e 5 assistências.

Defensivamente, procuram condicionar o pontapé de baliza do adversário com 3 Homens, o AV um MC e um dos médios alas.
Adotam um bloco médio/alto em que têm o passe do D. central para o D. lateral como principal estímulo de pressão, procurando cortar todas as linhas de passe próximas. No entanto, para controlar a profundidade baixam a linha defensiva, oferecendo algum espaço entre-linhas.
No momento da transição defensiva procuram ser rápidos e agressivos para tentar ganhar a bola o mais rápido possível.



Ofensivamente, na primeira fase de construção procuram quando possível sair curto mas correndo poucos riscos. Valentin Rongier é o principal responsável por ligar a 1ª fase de construção com a 2ª de criação da equipa. Quando pressionados não hesitam em sair mais longo, procurando o passe longo para as referências MD e ME com movimentos de aproximação do AV, MC e do lateral para atacar a segunda bola. São uma equipa versátil a atacar, que procura mais vezes o ataque posicional, mas também forte no ataque rápido. Isto porque momento da transição ofensiva tira facilmente a bola da zona de pressão e consegue colocar muita gente nas zonas de finalização. O equilíbrio defensivo é dado pelo lateral do corredor contrário à bola que esta por dentro, para preparar uma eventual perda e libertar o corredor lateral para o MD ou ME.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

O que esperar de Rúben Amorim?

De Renato Sousa




Recém promovido a equipa principal do SC Braga Rúben Amorim entra com uma vitoria empolgante frente o Belenenses SAD. analisando as exibições do Braga B podemos encontrar padrões que se podem repetir agora na equipa principal.

Equipa que em organização ofensiva joga num 1-3-6-1 muito ofensivo.







São os defesas centrais que assumem a etapa de construção da equipa. Um dos movimentos mais característicos do Braga B do Rúben era a procura sistemática de jogar no apoio fontal do AV, MD e ME (estes três procuram entrelinhas) para de seguida promover os movimentos de rotura dos ME, MD e dos defesas laterais.







Quando não conseguem entrar pelo corredor central procuram os corredores laterais, quase sempre pelos defesas laterais que funcionam como alas.






Muita gente nas zonas de finalização na situação de cruzamento