sexta-feira, 15 de junho de 2018

Notas breves do Uruguai em Organização Ofensiva (Egito x Uruguai - 1ª Jornada, Grupo A)


1º jogo do dia de hoje a opor o Egito (sem M. Salah) ao Uruguai. Um Uruguai que partiu de um 1:4:4:2, sem grandes dinâmicas ofensivas.

Em Organização Ofensiva
Equipa de circulação lenta, não arriscando perdas e colocando pouca gente no processo ofensivo

1ª Fase de Construção:
- DC's lado a lado, com os laterais pouco profundos e com Bentancur e Vecino (MC's) sempre muito baixos, a tentar garantir a segurança para ligar à 2ª fase.
- Mesmo quando chegava ao seu 1º terço, continuava a colocar os 2 MC's muito baixos, sendo estes a procurarem a ligação com a 2ª fase. Os Defesas Centrais sem assumirem um papel influente nesta fase.

2ª fase de Criação:
- Viveu sempre daquilo que Bentancur ia conseguindo "descobrir" entre-linhas com Cavani. Os Médios Laterais a estarem por fora, com os Defesas Laterais pouco profundos, as soluções no corredor central eram escassas e passavam quase exclusivamente pelo momento em que Cavani recebia e procurava enquadrar.
- Nunca conseguiu nos corredores laterais, criar dinâmicas entre Defesa Lateral e Médio Lateral para conseguir desequilíbrios.
- Colocou quase sempre apenas os 2 PL's, mais os dois Médios Laterais nesta fase, sem os dois MC's participarem ativamente nos desequilíbrios (Muito preocupados com o momento da perda da posse da bola e em equilibrarem).

3ª Fase de Finalização:
- Equipa sem grande variabilidade e ideias na sua finalização. Criou perigo apenas daquilo que Cavani conseguiu Criar ou Finalizar;
- No cruzamento colocava apenas Suárez e Cavani na área, com os Médios Laterais e MC's muito longe;
- Apenas uma situação de finalização dentro da área que surgiu através de uma combinação direta entre Cavani e Suárez que aparece em 1xGR;

Jogador em destaque: Edinson Cavani. Foi ele quem procurou receber entre-linhas para enquadrar, sempre a decidir bem, aliando isso à qualidade técnica reconhecida. Partem ou terminam nele os momentos mais perigosos do Uruguai.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Como o Nápoles condicionou a Juventus

Hoje damos as boas vindas a um novo escritor neste blogue. O Renato Sousa vem trazer a possibilidade de conseguir uma maior quantidade de conteúdos, aliada à qualidade no pensamento do jogo.


A vitória da ideia do Nápoles à Juventus no fim de semana que passou, tem muito dos seus méritos naquilo que conseguiu fazer, mas também naquilo que não permitiu a Juve fazer como habitualmente fez.
A 1ª Fase Defensiva do Nápoles, impedindo sempre que a construção da Juventus conseguisse ligar curto com a sua 2ª Fase (de criação). Em Organização Defensiva, a estratégia napolitana roçou a perfeição.
A estatística do jogo reflete isso mesmo. Impressionantes os números
Retirado da aplicação MeusResultados
O Nápoles no Pontapé de Baliza permitia aparentemente a saída curta, apenas colocando os 3 da linha avançada perto. Quando bola saia de Buffon, os 3 da linha média aproximavam, reduzindo o espaço entre-linhas, Criavam 2 linhas de 2 cortando todas as linhas de passe interiores. Mertens tinha missão de impedir que a bola chegasse a Pjanic (principal organizador da Juve nesta fase):

 Permitiam a circulação entre Defesas Centrais, mas impedindo a ligação com Pjanic:
  
Dois estímulos de pressão muito bem identidades. Um deles quando a bola chegava ao Defesa Lateral :

E quando havia o passe para trás, subindo todas as suas linhas:

 Esta estratégia, aliada a todo o jogo posicional que caracteriza a Nápoles como umas das melhores Organizações Ofensivas (se não a melhor) da atualidade.

Renato Sousa

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Anatomia de um golo - Kevin de Bruyne

Uma das maiores características dos grandes jogadores, é fazer tudo parecer fácil. 

"Jogar futebol é muito simples, mas jogar futebol simples é a coisa mais difícil que há" segundo Cruyff.

Mas a decisão, o temporizar e decidir quando é o momento de acelerar ou de soltar, a capacidade de provocar no adversário o comportamento que se deseja, para libertar o colega ou ao próprio portador não tem nada de simples. Mas dificilmente se ensina, "sente-se".

Vejamos o exemplo do 3º golo do Manchester City na noite de ontem contra o West Brom.


Tão simples que nem parece belo. O timing para aguentar, esperar para perceber qual dos defesas iria tomar a iniciativa deixando o seu espaço vazio para libertar o colega. E a partir disso aguentar mais um pouco, fixar o defesa e libertar o colega.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Experiências de 2017/2018

Em primeiro pedir desculpa pela inatividade tão prolongada do blogue.

Na presente época deparei-me como treinador com um desafio entusiasmaste. A liderança de uma equipa de Juniores, onde a complexidade de todos os preponderantes aumenta.
Cientes daquelas que são as nossas dificuldades, sempre nos propusemos a procurar jogarmos o jogo que adoramos, que mais que tudo nos é prazerosa e que acreditamos que nos pode trazer melhores resultados.
Aquilo que vos trago é um excerto de uma ação ofensiva deste fim de semana, onde encontramos o 2º lugar da tabela classificava. O objetivo será sempre nos valorizarmos com a bola nos pés, procurando respeitar ao máximo aquilo que é o jogador e aquilo que é a sua essência.
De referir também que de momento nos encontramos sensivelmente a meio da tabela classificava.